AS BEM-AVENTURANÇAS

Aos ouvidos da admirada multidão caiam palavras estranhas e novas. Nunca as ouviram dos sacerdotes, rabinos, dos líderes religiosos, que na realidade, só lisonjeava o orgulho próprio e alimentava as ambiciosas esperanças. O novo mestre, dono de um poder sobrenatural os conserva como que presos com tanta doçura no falar. A sua presença era semelhante à fragrância de uma flor, a perfumar todo um jardim. Suas palavras caem “como chama que desce sobre o prado, como chuveiros que regam a terra” (Sl 72.6). Os ensinamentos de Jesus em forma de bem-aventurança foram escutados, acolhidos por tanta gente e foram passados adiante. E assim foram ganhando vida. Não eram repetidos, mas recontados, atualizados. Em cada lugar as bem-aventuranças iam adquirindo formatos novos, iam expressando desafios e esperanças diferenciadas, tendo em vista a experiência que cada comunidade ou grupo ia fazendo da boa nova de Jesus. As Bem-aventuranças expressam como deve ser a vida do servo de Deus, onde está sua verdadeira realização e como conseguirá obter a felicidade, o gozo e também a vida eterna. Todos ao ouvi-las instintivamente interrogam: quem é este que lê os segredos da alma? E escutando-as, o Espírito Santo lhes aponta para a grande lição que a humanidade em todos os séculos tanto necessita aprender, O amor.

“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”.

Há, de certa forma, determinadas circunstâncias essenciais para merecermos as dadivosas bênçãos advindas do trono de Deus. No entanto, para que possamos recebê-las, nosso viver necessariamente tem que estar dentro dos princípios revelados por Deus através de sua inerrante e indefectível palavra. Uma delas é sermos “humildes de espírito” revelando, não a pobreza espiritual, tão pouco a desabilidade emocional, mas sim, o reconhecimento da própria imperfeição, bem como da dependência espiritual, ou seja, não que a humildade cristã signifique desesperança e, sim, na viva possibilidade de sempre procurarmos melhorar diante de Deus. Significa que somos dependentes do Espírito Santo de Deus, da presença do Senhor em nossas vidas e da graça que há em Cristo Jesus, para herdarmos as mansões celestiais. Quem recebe o reino é aquele que clama por misericórdia de Deus. A recognição da própria fragilidade e o estado de transgressão daquele que crê se manifesta no estado de espírito pecador, assumindo completamente as culpas passadas e a intenção de corrigir-se. Este sim é o pobre de espírito. Um arrependimento verdadeiro, não raro, acompanhado por sinceras lágrimas, é provido de poderosa graça e aceito pelo Senhor dos senhores. Ao passar por isso a pessoa sente tanta leveza, como se um pesado fardo lhe fosse tirado dos seus ombros. Esse sincero arrependimento nos direciona à segunda bem-aventurança dita por nosso mestre: "Bem aventurados os que choram, porque serão consolados”.

Porque dEle, e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois a Ele eternamente. Amém.

No amor do Pai, Jesus!

Erivelto Júnior

Comentários

  1. Porque não comentaram sobre esse texto aqui? Eu sei, é porque o povo gostam mesmo é de fazer intrigas e fofocas. Lindo texto esse Junior, parabéns. Povo vão ler a bíblia e aprender de Deus porque ele é manso e humilde de coração. Paz de Cristo. Francisco

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