INGRATIDÃO, SINAL DOS ÚLTIMOS DIAS

Deus se agrada do ser humano que é grato. Ser grato a Deus é reconhecer seu filho, Jesus, como O Cristo, enviado de Deus e Salvador da humanidade. É aceitar todos os ensinamentos de Cristo e praticá-los, na forma como Ele próprio nos ensinou “assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. Quando rejeitamos a Cristo ou deixamos de executar seus ensinamentos nos tornamos pessoas anticristãs e, acima de tudo, ingratas para com Deus.

Segundo o dicionário infopedia ingratidão é qualidade de ingrato; falta de gratidão; ação ingrata. Ingratidão é um dos piores defeitos da raça humana. É quando damos as costas, traímos, apedrejamos, conspiramos contra quem nos ajudou, estendeu a mão e serviu de escada para nos fazer ser alguma coisa na vida, por menor patamar que tenhamos alcançado e, principalmente, quando temos plena consciência de que somos, hoje, fruto de um investimento, fruto do suor de alguém que acreditou e confiou em nós.

Ser grato, ao contrário dos muitos que assim conceituam, não é ser subserviente, não é ser insignificante ou subordinado. Ser grato é confessar que precisou de outrem, que reconhece o benefício recebido. Ser grato é agradecer. Ser grato é uma qualidade nobre de quem é alto. Ser grato é não apunhalar, esfaquear, difamar, injuriar ou assassinar com palavras e atitudes o bom samaritano enviado por Deus para nos levantar. Ser grato é ser forte, hábil, competente, inteligente, talentoso e capaz. Johan Wolfgang Von Goethe, escritor alemão diz que "A ingratidão é sempre uma forma de fraqueza. Nunca vi homens hábeis serem ingratos". O ingrato é altamente orgulhoso e, consequentemente egoísta e o sábio Salomão acerta em Pv. 11.2 ao afirmar que “quando vem o orgulho, chega a desgraça”.

O egoísmo é uma má qualidade que reside no procedimento das pessoas ingratas. Pois as tais se preocupam permanentemente consigo mesmas, pouco se importando com o semelhante. Vivem enclausuradas num mundo medíocre e particular no qual prevalecem apenas seus interesses convenientes e particulares. O ingrato é uma pessoa de má índole, negativista e que só enxerga defeitos nos outros, mesmo naqueles que o ajudaram.

A ingratidão é tão perigosa que transforma uma pessoa em rebelde. O próprio apóstolo Paulo pediu oração aos romanos por conta desta raça perigosa, Paulo disse “para que eu me veja livre dos REBELDES que vivem na Judéia...” (Rm 15.31). A ingratidão é um sinal dos últimos dias. É necessário existir pessoas ingratas, para que as Escrituras Sagradas se revelem como Verdade absoluta e se cumpra em todos os sentidos. O apóstolo Paulo nos adverte: Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, INGRATOS, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. DESTES AFASTA-TE.

A ingratidão é uma característica do ímpio conforme se constata em Rm 1.21 “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu”. Mas infelizmente e, para que a Bíblia se cumpra, a ingratidão é revelada no meio do povo de Deus Jo.1.11.

Encontramos a ingratidão na prática bíblica de todas as formas, por exemplo, quando: a) Consideramos pouco o que Deus faz por nós (Num 16.9 e 10); b) Esquecemos dos benefícios que Deus fez em nossas vidas (Sl 78.16-17; 27-32); c) Esquecemos a Deus exatamente por causa das bênçãos que Ele nos concede. (Dt 8.12; 32.6, 15, 18, 13); d) Quando somos levados a pecados maiores – Esquecimento e ingratidão geram idolatria. Ju 2.11-12; e) Provocamos um sentimento que se amplia contra os servos fiéis de Deus. (Ju 8.34-35; 1 Sm 8.7-8) f) Abandonamos e esquecemos Deus e nos entregamos às nossas paixões e aos falsos deuses. (Ju 10.11-14); g) Revertemos as nossas prioridades de vida – Os ingratos são “amantes de si mesmos”. (2 Tm 3.2), dentre vários outros exemplos.

Os ingratos se comportam como se comportou o copeiro para com José do Egito (Gn 40.23); o povo de Israel para com Moisés (Ex 16.3; 17.24; Nm 16.12-14); o povo para com Gideão (Ju 8.35). E, ao contemplarmos as atitudes de Judas para com Jesus percebemos que o ingrato é dominado completamente por satanás (Lc 22.3; Jo 13.27).

Deus, nosso Pai celestial, combate veementemente o pecado da ingratidão (Mq 6.3-4), para que não sejamos réus acusados e incriminados deste mal que assola os dias do fim. Gratidão é lembrança viva. Já a ingratidão é esquecimento, é oblívio, é deslembrança é reversão de prioridades. Observamos um alto índice de ingratidão quando Jesus cura 10 leprosos (Lc 17.11-19) e apenas 01 deles volta e agradece.

Como homens e mulheres de Deus que nos intitulamos, perguntas são inevitáveis a todos nós: Quanta gratidão autêntica Deus encontra em nossas vidas? Será que encontramos em nós gratidão, alegria, aprazimento, reconhecimento ou protestos, dissabores, inveja, ingratidão, covardia, revoltas, amarguras, traições? Nós, crentes no Senhor Jesus, não vivemos de acordo com as circunstâncias que nos rodeiam, como a inconstância das pessoas, ausência de modelos e arquétipos cristãos, falta de padrão moral e espiritual, mas, vivemos por fé genuína enraizada em nossos corações.

Nossa oração a Deus é que Ele nos livre do horrível pecado da ingratidão. Que possamos ter uma memória farta e abundante. Que corramos para retificar nossos erros e nos ajoelhar humilde e quebrantadamente diante do trono da Graça, implorando o perdão de Deus pela ingratidão manifestada em nossas vidas. Que possamos ser exemplo de gratidão e serviço e, no futuro, só tenhamos recordações boas e agradáveis para repassar aos nossos semelhantes.

Porque dEle, e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois a Ele eternamente. Amém.

No amor do Pai, Jesus!

Erivelto Júnior