MENINO, PRÍNCIPE DA PAZ

Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; o governo está sobre os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Is 9.6).

Esse texto, bastante conhecido, é fonte de inspiração, mensagens e explanações as mais lindas e belas, tendo como coluna central o nome Jesus, o Príncipe da Paz. É interessante observar que, a mesma língua que anuncia e utiliza o nome Jesus como tal, paradoxalmente é a mesma que decreta guerras e mais guerras, conflitos e mais conflitos durante os últimos dois mil anos.

É, por demais, estranho raciocinar a figura central de Cristo ligada às guerras e aos derramamentos de sangue. Causa-nos estranheza uma vez que Jesus é o Príncipe da Paz. No entanto, convém atentarmos que não é Cristo que promove esses massacres e morticínios. Eles são gerados pelo ser humano, ou seja, pelo próprio homem que se diz seguidor de Cristo Jesus. Em Tiago 4.1-2 dito está: “De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis”.

Na realidade dos fatos, quem assim procede, são homens que nunca experimentaram o encontro verdadeiro com Cristo. Que não nasceram de novo e, que, portanto, não tem em Cristo a solução para os seus conflitos pessoais, haja vista não estarem fincados na Rocha, Cristo. Em João 16.33 Jesus nos promete “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz”. E em Jo 14.27 Ele reafirma “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá”.

Iniciamos mais um ano, 2011. E sempre ao findar um ano e adentrar em outro nos voltamos a pensar no nascimento do Príncipe da Paz. Período em que nos deleitamos em mensagens ministradas por nós mesmo. Fazemos votos a Deus, à família, à igreja, a nós próprios. Choramos. Abraçamos. Amamos. Somos solidários. De fato é um período muito lindo e majestoso de se viver. Mas como nem tudo são flores perfumadas, esse período se vai e, como ele, se vão as nossas promessas e principalmente o encanto vivido há poucos dias.

Não permitamos que esse fascínio exista apenas neste tão curto espaço de trocadilho de anos, mas que em todo o tempo seja assim. Que melhoremos cada dia mais. Que amemos mais. Que abracemos mais. Que ajudemos mais. Que em nosso rosto sempre apareça um lindo sorriso. Que sejamos mais do que verdadeiros propagadores da Paz de Cristo, que sejamos vitrine, coluna, exemplo vivo. Que os nossos pensamentos, em tempo e fora de tempo, sempre estejam voltados para o Senhor e que Ele nasça outra vez e, outra vez e, outra vez mais em nossos corações. E que possamos experimentar crescente e constantemente a Paz que só Ele nos oferece, “a Paz de Deus, que excede todo o entendimento” (Fl 4.7).

Porque dEle, e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois a Ele eternamente. Amém.


No amor do Pai, Jesus!

Erivelto Júnior

Comentários

  1. Déborah Emily10 de fevereiro de 2011 às 22:44

    A paz do senhor!
    Belo texto,que o nosso Jesus,"Príncipe da paz", continue nos abençoando!
    Que Deus continue lhe inspirando a escrever textos belíssimos como este!
    A paz de Cristo.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

O CÃO VOLTOU AO SEU PRÓPRIO VÔMITO, E A PORCA LAVADA AO ESPOJADOURO DE LAMA (2 Pe 2.22)

Imagem
O cão e o porco são animais irracionais e que, portanto, nesta condição, só realizam atos de acordo com a natureza irracional que ambos possuem. O cão é um animal social que, na maioria das vezes, aceita o seu dono como o "chefe da matilha" e possui várias características que o tornam de grande utilidade para o homem. O porco é um animal maciço, omnívoro de pelagem espaçada e de cor geralmente rosada. Somente um cão tem a capacidade de agir naturalmente retornando para seu próprio vômito. Essa atitude, para os seres humanos sadios e normais, para as pessoas racionais de bem e de vergonha é absurdamente repulsiva, jamais um ser humano em sã consciência retornaria ao seu vômito para saboreá-lo e engoli-lo. Mas para o cão, não. Para o animal irracional isso não é grande coisa, isso é, na verdade dos fatos, um deleite próprio, um prazer incomensurável. Um cão não tem vergonha de seus atos, tão pouco de comer a sua própria imundície. Um cão não tem culpa de se...
Leia mais

A TRISTE HISTÓRIA DE ABSALÃO

Imagem
O que me deixa mais extasiado na história de Absalão é que a Bíblia revela que “Não havia, porém, em todo o Israel, homem tão belo e tão aprazível como Absalão; desde a planta do pé até a cabeça, não havia nele defeito algum” (2 Sm 14.25). Essa descrição se refere ao retrato falado, ou seja, a exteriorização do jovem Absalão. Por fora, Absalão era uma perfeição. Um referencial de beleza a todos. Mas se por um lado, o da aparência, tratava-se de uma aglomeração de adjetivos esmerados, o que dizer a respeito do outro lado, o lado interior? O que será que Absalão encobria e ocultava no meio de tanta formosura? O próprio Jesus Cristo responde “nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se” Por fora, Absalão era palco de deslumbramento, mas por dentro, em oculto, não passava de podridão. A essa classe de pessoas, o próprio Jesus disse “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parec...
Leia mais

Cópia autêntica da sentença de Pilatos, no processo de Jesus Cristo, existente no Museu da Espanha.

Imagem
"No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo o mundo, monarca invencível na Olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio do Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia QUINTO SÉRGIO, sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS; regente na baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS; pontífice do sumo sacerdote, CAIFÁS; magnos do templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CEUTAURO; cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME e SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente, EU, PÔNCIO PILATOS, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e aqui residência, julgo, condeno e sentencio à morte, Jesus, chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e galileu de nação, homem sed...
Leia mais